Benfica 0-2 Athletic Bilbao (jogo amigável 2014/15)

Benfica 0-2 Athletic Bilbao (jogo amigável 2014/15)
O Benfica acumulou mais uma derrota nesta pré-época, desta feita diante do Athletic Bilbao (0-2), dias antes da Emirates Cup, a última oportunidade para os encarnados prepararem os jogos oficiais. 
Onze inicial do Benfica: Artur, Maxi Pereira, Eliseu, Sídnei, César, André Almeida, Talisca, Gaitán, Salvio, Lima e Cardozo

Principais destaques:
- Por motivos pessoais só foi possível acompanhar a 2.ª parte
- O Benfica continua sem conseguir cumprir frente a equipas com grau de dificuldade mais elevado e apresenta muitas dificuldades para incomodar a baliza adversária
- Continua a não fazer sentido apostar em determinados jogadores nesta pré-época que não irão ter espaço no plantel principal daqui a uns meses
- Permanece a ideia de que Bebé devia ser testado numa posição mais central
- Ola John, face à saída de Markovic, deverá ter um papel mais importante esta temporada mas continua a apresentar pouco face ao que já lhe é exigido


Benfica 2-0 Sion (jogo amigável 2014/15)

Benfica 2-0 Sion (jogo amigável 2014/15)
O Benfica quebrou o ciclo de três derrotas consecutivas nesta pré-época e bateu o Sion por 2-0, num jogo disputado em solo helvético. Os golos dos encarnados foram apontados por Jara e João Teixeira.
Onze inicial do Benfica: Artur, Maxi Pereira, Eliseu, Sídnei, César, Rúben Amorim, Talisca, Gaitán, Salvio, Jara e Lima  
 
Principais destaques:
- O adversário foi o mais fraco até agora, ainda por cima alinhou com várias reservas, e a exibição dos encarnados foi manifestamente melhor, sobretudo a nível ofensivo
- Artur tem estado muito bem na pré-época e hoje voltou a corresponder
- Eliseu apresentou bons apontamentos pela forma como se incorporou no ataque
- Talisca e João Teixeira continuam a apresentar progressos e André Almeida revelou muita maturidade no meio-campo
- Derley foi o melhor avançado no jogo de hoje mas continua a ideia de que Jorge Jesus ainda não definiu quem fará companhia a Lima no onze inicial

Mundial'2014, o balanço final: Jogadores (parte II)

Já deixa saudades o Mundial'2014. Golos não faltaram - 171 (igualando o recorde de 1998), sendo que 32 vieram do banco de suplentes (incluindo o golo do título, de Götze) -, protagonistas também não e houve um pouco de tudo durante um mês no Brasil. Nem mesmo as lesões que marcaram as semanas anteriores ao Mundial, e que durante a prova continuaram a surgir, conseguiram manchar uma competição que lançou várias incógnitas devido à sua organização mas que foi, no mínimo, espectacular. 


A fase de grupos ficou desde logo marcada pelo elevado número de golos - 136 (média de 2,83 golos/jogo), com apenas 5 jogos a terminar em branco - e pelas eliminações surpreendentes da Espanha, campeã em título, e de outras selecções que à entrada para a prova englobavam o lote de favoritos. Quer isso dizer que elementos como Cristiano Ronaldo, Iniesta ou Pirlo cedo abandonaram a competição e hipotecaram a esperança de se tornarem nas grandes figuras do torneio. Por outro lado, temos aqueles que quebraram recordes e os que se assumiram como figuras dos respectivos países. Este será o Mundial que ficará para a história por Klose ter ultrapassado Ronaldo "Fenómeno" no topo dos melhores marcadores de sempre em fases finais de Campeonatos do Mundo, por Mondrágon se ter tornado no guarda-redes mais velho da prova (43 anos e 3 dias) e por Suárez ter mordido o ombro de Chiellini. Após alguma ponderação, o Adjunto1x2 decidiu não fazer a avaliação individual dos jogadores portugueses (a fraca prestação da Selecção assim o determinou) mas destacou aqueles que mais sobressaíram ao longo de um mês de competição.


Melhores Jogadores:
11 do Mundial para o Adjunto1x2
James Rodríguez (Colômbia): Uma das figuras do Mundial'2014. A sua boa forma foi recompensada com uma transferência para o seu clube de sonho. Espalhou magia no Brasil, somando seis golos e duas assistências em apenas cinco jogos, mostrou ao mundo toda a sua qualidade técnica e foi fundamental no sucesso de uma selecção com um futebol muito positivo.
Robben (Holanda): Nem parece que já tem 30 anos... Fez a diferença com a sua técnica e velocidade e ofensivamente carregou a Holanda às costas. Manteve um nível elevadíssimo durante toda a competição e discutiu com James Rodríguez o prémio de Melhor Jogador do torneio.
Müller (Alemanha): É um pouco injusto deixar Kroos ou Neuer de fora desta lista mas o que Müller tem feito em Mundiais é impressionante. Voltou a destacar-se pelo número de golos marcados, pela forma como deu trabalho às defesas contrárias e pela maneira como se entregou ao jogo. Se dúvidas havia quanto à utilização de Müller na frente de ataque germânica, o jogador do Bayern respondeu da melhor maneira.
Neymar (Brasil): Muitas eram as incógnitas em torno do craque brasileiro e da sua selecção. A jogar em casa e com um peso acrescido sobre os seus ombros, a verdade é que Neymar correspondeu e carregou o Brasil às costas enquanto pôde, contabilizando quatro golos e uma assistência e fazendo a diferença no ataque da Canarinha.
Mascherano (Argentina): Oficialmente, Messi venceu o troféu de Melhor Jogador do Mundial mas no entender do Adjunto1x2 nem sequer foi o argentino mais influente. Pela consistência defensiva, pela forma como imperou no meio-campo, pela qualidade do seu passe e pela bravura de camisola ao peito, Mascherano merece um lugar de destaque entre os melhores.

Jogadores Revelação:
Janmaat, Blind e Kuyt (Holanda): Janmaat era o menos conhecido dos três e destacou-se sobretudo na fase de grupos pela profundidade que deu ao flanco direito; Blind cativou pela sua polivalência (cumpriu em todas as posições que ocupou) e pela maneira simples como joga; Kuyt surpreendeu por ter cumprido eficazmente a jogar enquanto ala sendo um avançado de raiz.
Giancarlo González (Costa Rica): De todos os jogadores mais desconhecidos foi aquele que mais surpreendeu. Com 26 anos e a actuar na MLS, o central costa-riquenho demonstrou uma excelente capacidade de antecipação e leitura dos lances, soube fazer jus à sua elevada estatura e foi o grande destaque de uma defesa praticamente intransponível ao longo do torneio.
Alguns dos jogadores que se revelaram no Mundial'2014
Keylor Navas (Costa Rica): Brilhou logo contra o Uruguai e continuou a dar que falar durante as fases a eliminar até a Costa Rica ter sido eliminada nos penáltis frente à Holanda. Tirando Neuer foi talvez o melhor guarda-redes da prova convencendo inclusivamente grandes clubes europeus (deverá ser anunciado no Real Madrid a qualquer momento).
Enner Valencia (Equador): A sua envergadura e o seu poder de finalização fizeram com que se evidenciasse no Grupo E, onde chegou mesmo a decidir uma partida (frente às Honduras). Assinou pelo West Ham após o Mundial e poderá ser uma mais-valia para os hammers na Premier League.
Origi (Bélgica): Já tinha demonstrado potencial esta época ao serviço do Monaco e aproveitou da melhor forma o mau momento de Lukaku para se afirmar no ataque belga. Com apenas 19 anos, chamou a atenção de vários clubes pela sua técnica e poder de explosão, incluindo o Liverpool que o "pescou" de imediato (ainda irá evoluir em França, emprestado, por mais um ano).

Jogadores "Portugueses"
Herrera (México): Podia muito bem estar incluído no lote das surpresas deste Mundial. Tacticamente esteve irrepreensível, demonstrando uma inteligência e uma capacidade de pressão sobre o portador da bola acima da média - já o havia feito no FC Porto - e um poder de remate interessante. Algumas lacunas no capítulo do passe mas nada que manchasse uma prestação muito positiva.
Rojo (Argentina): Já se sabia que podia ser uma mais-valia na selecção e que seria o titular do lado esquerdo da defesa, mas impressionou pelo nível exibicional apresentado. Não sendo um jogador de projecção ofensiva conseguiu-se incorporar muito bem no ataque da Argentina por diversas vezes e esteve muito seguro sempre que foi chamado a intervir. Um dos três melhores na posição no Mundial'2014.
Halliche e Slimani (Argélia): Ainda estava ligado à Académica antes do Mundial se ter iniciado e comprovou mais uma vez que é influente na sua Selecção e que os estudantes não souberam gerir a sua situação contratual. Após um jogo algo discreto diante da Bélgica, foi subindo de produção rubricando as suas boas prestações com o seu primeiro golo ao serviço da selecção (frente à Coreia do Sul). Nota especial também para Slimani nesta Argélia por ter continuado com a sua veia goleadora e por ter ganho o seu espaço no onze inicial.

Liga Zon-Sagres teve a 24.ª melhor taxa de ocupação dos estádios na temporada 2013/14

Liga Zon-Sagres teve a 24.ª melhor taxa de ocupação dos estádios na temporada 2013/14
Em termos de qualidade individual e colectiva a Liga Portuguesa é indubitavelmente uma das melhores a nível europeu, no entanto, o número de adeptos a ocupar os estádios continua a ser baixo tendo em conta a capacidade dos mesmos.

De acordo com a agência brasileira PLURI Consultoria, a Liga Portuguesa ocupa a 24.ª posição do ranking mundial no que à taxa de ocupação dos estádios diz respeito. A Liga Zon-Sagres recebeu em média 10.217 espectadores por jogo na temporada 2013/14, o que equivaleu a uma taxa de ocupação média de 45,8% e a uma subida de três lugares no ranking face ao ano anterior. O ranking é dominado pela Alemanha, mas merecem nota de destaque as divisões menores de Inglaterra, Alemanha, Espanha e França que nele vigoram.

Numa análise mais detalhada, é possível concluir que a Liga Portuguesa possuiu a 20.ª melhor taxa de ocupação a nível europeu (15.ª se ignorarmos as divisões inferiores). Em termos de média de público até ficou atrás de campeonatos europeus mais secundários (Suíça e Ucrânia são os casos mais surpreendentes), superando apenas os países do Norte da Europa e confirmando o cenário que se tem verificado ao longo dos últimos anos nos estádios portugueses.

Benfica 0-1 Ajax (jogo amigável 2014/15)

Benfica 0-1 Ajax (jogo amigável 2014/15)
O Ajax é o vencedor da 7.ª edição da Eusébio Cup, depois de um triunfo por 1-0 sobre o Benfica. O golo dos holandeses foi apontado por Kishna ainda na 1.ª parte.
Onze inicial do Benfica: Artur, Maxi Pereira, Benito, Sídnei, César, Rúben Amorim, Talisca, Gaitán, Salvio, Lima e Cardozo 
 
Principais destaques:
- Foi o melhor jogo dos encarnados nesta pré-temporada embora os erros defensivos se tenham mantido (sem Luisão não há um patrão na defesa); por outro lado, faltou eficácia no ataque benfiquista - o Ajax, na 2.ª parte, recuou demasiado as suas linhas e consentiu várias oportunidades - e um elemento capaz de imprimir uma nova velocidade e poder de desequilíbrio (antes havia Markovic e Rodrigo...)
- Eliseu e Bebé tiveram direito a alguns minutos estreando-se de águia ao peito
- César e Sídnei demonstraram mais uma vez que não têm qualidade suficiente para integrar o actual plantel do Benfica
- Rúben Amorim provou mais uma vez que merece integrar o onze base desta época (Talisca e João Teixeira voltaram a exibir-se a bom plano e são jogadores com um potencial interessante)
- Ola John continua sem se conseguir afirmar na Luz e faltam neste momento alternativas de qualidade a Salvio e Gaitán
- Cardozo, hoje mais activo, continua longe da sua boa forma e permanece a incógnita de quem se irá juntar a Lima na frente de ataque

Mundial'2014, o balanço final: Equipas (parte I)

Já deixa saudades o Mundial'2014. Golos não faltaram - 171 (igualando o recorde de 1998), sendo que 32 vieram do banco de suplentes (incluindo o golo do título, de Götze) -, protagonistas também não e houve um pouco de tudo durante um mês no Brasil. Nem mesmo as lesões que marcaram as semanas anteriores ao Mundial, e que durante a prova continuaram a surgir, conseguiram manchar uma competição que lançou várias incógnitas devido à sua organização mas que foi, no mínimo, espectacular.


A fase de grupos ficou desde logo marcada pelo elevado número de golos - 136 (média de 2,83 golos/jogo), com apenas 5 jogos a terminar em branco - e pelas eliminações surpreendentes da Espanha, campeã em título, e de outras selecções que à entrada para a prova englobavam o lote de favoritos. Em sentido inverso, como já costuma ser habitual, houve equipas a desafiar as leis do favoritismo e a impressionar o mundo do futebol. Pela primeira vez na história dos Mundiais todos os oito líderes dos grupos passaram aos quartos-de-final. A partir desta fase os cenários expectáveis começaram a confirmar-se. Brasil, Alemanha, Holanda e Argentina, com maior ou menor dificuldade, chegaram às meias-finais, onde os dois jogos tiveram contornos bem distintos. A Alemanha trucidou o Brasil e a Argentina foi a selecção mais feliz nos penáltis diante da Holanda, que terminou em 3.º lugar. Na final, quando já se avistavam os penáltis, valeu Götze a oferecer a "Copa" à Mannschaft. Após alguma ponderação, o Adjunto1x2 fez o balanço da participação portuguesa no Mundial'2014 e de outras selecções que se destacaram ora pela positiva, ora pela negativa.

Portugal deixou o Top10 após o Mundial'2014

PORTUGAL: Campanha desastrosa da Selecção Nacional. A nível físico os jogadores demonstraram não estar prontos para as condições que iriam enfrentar no Brasil (impressionante como houve tanto jogador a lesionar-se em dez dias e como Paulo Bento foi forçado a usar 21 dos 23 jogadores disponíveis, incluindo os três guarda-redes), a nível mental é inadmissível a atitude de Pepe frente à Alemanha e a forma como encarámos o jogo com os EUA, a nível exibicional os dois primeiros jogos foram demasiado fracos para uma equipa que tinha a obrigação de passar a fase de grupos (Portugal ainda podia ter alcançado uma qualificação sofrível diante do Gana mas a desinpiração ofensiva foi o reflexo da prestação lusa no Mundial'2014). Paulo Bento, que não deve merecer todas as críticas, sai do Brasil com culpas no cartório.

O anfitrião (Brasil): Na retina ficam duas selecções completamente diferentes - o "Brasil com Neymar" e o "Brasil sem Neymar". Quanto ao "Brasil de Scolari", ficou evidente desde a fase de grupos que o craque brasileiro seria a grande figura de uma selecção que teria de se aplicar bastante para conquistar o título em casa. O nível de futebol praticado, bastante irregular, não se assemelhou ao da Taça das Confederações e para a história fica a goleada sofrida diante da Alemanha (7-1).

O campeão (Alemanha): Os pupilos de Löw, que teimavam em vacilar nas derradeiras etapas das grandes competições, finalmente demonstraram o seu favoritismo dentro das quatro linhas conquistando o título mundial. A Alemanha foi crescendo ao longo da competição - nem precisou de se esforçar muito durante a fase de grupos - e demonstrou que tem qualidade de sobra para os próximos anos (cedo evidenciou algumas fragilidades nas alas, aquela que curiosamente será a área mais débil da selecção após a renúncia de Lahm).

Selecções que mais surpreenderam
Holanda: Depois do descalabro no Euro'2012 ninguém contava que Van Gaal conseguisse dar tremenda volta a esta selecção e a levasse tão longe nesta competição (muitos até a afastaram dos oitavos-de-final). Defensivamente esteve impecável e Robben "encarregou-se do resto". Há que se tirar o chapéu ao seu seleccionador pela forma inteligente como geriu tacticamente o seu plantel (incrível como valorizou tantos jogadores) e pelo nível exibicional apresentado.
A Costa Rica foi a grande surpresa deste Mundial'2014
Costa Rica: A grande surpresa do Mundial'2014. Não há palavras que descrevam o que a modesta Costa Rica conseguiu fazer no Brasil. A jogar praticamente sem pressão, abismou meio mundo ao passar em 1.º num grupo que contava com três antigos campeões mundiais e impressionou pela organização táctica e coesão defensiva (apenas sofreu dois golos).
México: A inclusão dos mexicanos em detrimento da Colômbia, por exemplo, talvez possa espantar mas há que ter em conta a qualidade do plantel à disposição de Miguel Herrera (por esse motivo a prestação dos colombianos não foi tão surpreendente) e a forma como a equipa jogou. Fruto da sua organização táctica e intensidade, foram a equipa mais agradável de se acompanhar no Grupo A e estiveram perto de eliminar a Holanda nos oitavos-de-final. Não deixa também de ser curioso observar que as selecções destacadas pela positiva jogaram todas em 3-5-2 durante o Mundial.

Selecções que mais desiludiram
Espanha: Ficará para a história pelas piores razões. Desde a maior goleada sofrida por um campeão em título até à eliminação precoce, a Espanha apenas conseguiu pôr em prática o seu futebol quando já estava eliminada. Algumas culpas para Del Bosque pela forma como montou a sua equipa e para os jogadores pela falta de intensidade demonstrada.
Camarões: Foi um autêntico "saco de pancada" durante o Mundial (a exibição fraca diante do México podia ter sofrido contornos bem mais expressivos). Ofensivamente produziu muito pouco (esperava-se que fizesse dos seus contra-ataques a sua maior arma), defensivamente esteve mal e a expulsão de Song e o desentendimento entre Assou-Ekotto and Moukandjo, frente à Croácia, reflectiram a desorganização do conjunto de Volker Finke.
Rússia: Já se sabia que o ataque poderia ser o tendão de aquiles desta selecção durante o Mundial e isso foi bem visível. Pedia-se mais a Capello, técnico mais bem pago de todas as selecções em prova, que se tinha destacado na fase de qualificação pela forma como tinha organizado defensivamente a sua equipa (sofreu golos em todos as partidas). O desaire frente à Argélia foi o culminar de um futebol pobre demonstrado ao longo dos três jogos no Brasil.

Benfica 1-2 Marselha (jogo amigável 2014/15)

Benfica 1-2 Marselha (jogo amigável 2014/15)
O Benfica foi derrotado (1-2) pelo Marselha em solo francês, num jogo marcado pela expulsão de Jara já na 2.ª parte. Gaitán marcou para os encarnados, enquanto Gignac e Batshuayi fizeram os golos dos franceses.
Onze inicial do Benfica: Artur, João Cancelo, Benito, Sídnei, César, Rúben Amorim, Talisca, Gaitán, Ola John, Lima e Derley 

Principais destaques:
- Exibição muito pobre, mais uma, e uma ausência de oportunidades de golo que começa a preocupar (sente-se muito a falta de Rodrigo)
- Rúben Amorim (seria um erro não começar a época ao lado de Enzo Pérez no meio-campo) e Gaitán (para já o único a oferecer criatividade e capacidade de desequilíbrio de forma consistente) foram os melhores do lado do Benfica
- Derley continua sem convencer, Benito mostrou mais uma vez que é um lateral competente mas que não tem qualidade para jogar ao mais alto nível, Luís Felipe, Sídnei e Jara deverão ser afastados da equipa principal até ao fecho do mercado de transferências (a contratação do lateral foi um erro escusado)
- Os casos curiosos da "escola" encarnada: João Cancelo não mostra sinais de evolução (Maxi Pereira é indiscutivelmente o melhor lateral direito do Benfica neste momento), Nélson Oliveira teve direito a poucos minutos (a expulsão de Jara não ajudou) à semelhança de Bernardo Silva (bons pormenores técnicos mas continua estranhamente a ser colocado de parte por Jorge Jesus)
- Nota especial para o plantel do Marselha: Marcelo Bielsa tem tudo para terminar no Top3 da Ligue1 (Imbula, Gignac e Payet destacaram-se numa equipa que ainda conta com jovens muito promissores como Thauvin ou Batshuayi)

Efeito Mundial'2014: Real Madrid contrata James Rodríguez por 80M (junta-se a Toni Kroos na lista de reforços sonantes)

Efeito Mundial'2014: Real Madrid contrata James Rodríguez por 80M (junta-se a Toni Kroos na lista de reforços sonantes)
James Rodríguez foi apresentado esta tarde no Santiago Bernabéu perante mais de 45.000 pessoas. O colombiano de 23 anos que se destacou no Mundial'2014 (6 golos, 2 assistências e para muitos o melhor jogador do torneio) trocou o Monaco pelo Real Madrid por 80M, asssinou por seis temporadas e irá envergar a camisola 10.

A qualidade do jogador não pode ser em causa e alguém com uma qualidade muito acima da média só pode ser bem-vindo. O onze titular do Real na época passada englobava Xabi Alonso, Modric e Di María no meio-campo, mais Bale e Ronaldo nas alas. Com a chegada de James, e deduzindo que o Real não estará disposto a deixar 80M no banco durante muito tempo, terá de haver uma mudança a nível táctico. O colombiano também está habituado a jogar pelas alas mas é na zona central que mais rende. Mas... Modric encheu o campo na posição que ocupou e Di María evoluiu imenso numa posição mais interior - viu-se bem ao serviço da Selecção. Caso Di María não saia (fala-se muito na possibilidade de ir para o PSG, o que seria um enorme erro para a turma espanhola), James seria uma boa opção para os jogos onde fosse necessária uma nova criatividade no último terço, alguém capaz de furar a defesa com o seu transporte de bola e com a sua capacidade técnica (inverter-se-ia o triângulo do meio-campo). Com a chegada de "El Bandido" é normal que Isco perca ainda mais espaço na equipa merengue.


Convém ainda lembrar que Toni Kroos, mais um reforço derivado do "efeito pós-Mundial", entretanto também reforçou o Real Madrid a troco de 30M. Aquele que é para o Adjunto1x2 um dos três melhores jogadores da actualidade no capítulo do passe e que se destaca pela forma simples como joga e oferece linhas de passe, características que faltavam a este Real de Ancelotti, é um excelente reforço (espanta como Guardiola deixou sair um jogador que tanto encaixa no seu estilo de jogo, ainda para mais por um preço tão razoável) e oferece maior profundidade à equipa. Resta saber como será a base do meio-campo. Se James poderá colocar Di María no banco (dificilmente Ancelotti abdicará de Benzema na frente e Ronaldo permanecerá a extremo), Kroos irá disputar uma vaga com Xabi Alonso e Modric (e até o próprio Di María). Resta saber se o técnico italiano estará disposto a adaptar Modric a uma posição mais recuada - seria um erro enorme - e relegar Xabi Alonso para um plano secundário para dar a titularidade ao alemão. Ainda assim, o mais provável é haver uma gestão equilibrada da equipa consoante a natureza dos jogos.

Um dos denominadores comuns a estas duas transferências é o espaço que alguns jogadores vão deixar de ter. Isco, Khedira e Illarramendi vão ter menos minutos de jogo e não será de espantar que pelo menos um deles - não esquecer Di María - abandone a equipa até ao final de Agosto. Por outro lado, Benzema é neste momento o único avançado do plantel após a saída de Morata para a Juventus, pelo que teria feito mais sentido canalizar o dinheiro da transferência de James Rodríguez para a contratação de uma alternativa ao francês (de preferência alguém com uma boa margem de progressão).

Aprender com os erros do passado

Muitas eram as incógnitas em torno do FC Porto da época passada. O clube havia revalidado o título após um deslize do seu maior rival lisboeta, viu elementos nucleares como João Moutinho e James Rodríguez partir para o Monaco e em resposta contratou jogadores que não ofereciam garantias a curto prazo e mudou de treinador apesar de Vítor Pereira ter apenas concedido uma derrota nos dois campeonatos que conquistou. O resultado foi desastroso: Paulo Fonseca foi perdendo gás com o passar dos meses - acabou por ser despedido a meio da época - e o FC Porto terminou a temporada em 3.º lugar no campeonato e com um "título menor" (Supertaça Portuguesa).

Nova época. Regresso das incógnitas. Para evitar novo descalabro, Pinto da Costa resolveu trazer um treinador com cultura vencedora para a Invicta. Lopetegui cedo começou a definir os pontos fracos da equipa e a preparar um plantel capaz de voltar aos títulos. Os alvos foram antecipadamente identificados, os seus contratos prontamente fechados e a sua qualidade é indubitável. A direcção respondeu bem às saídas de Fernando (rendeu um bom encaixe aos cofres dos azuis e brancos) e Mangala (prestes a ser oficializada) contratando Bruno Martins Indi e Casemiro e acrescentando qualidade nos sectores mais avançados - Óliver Torres, Adrián e Tello -, fruto das boas relações entre os alvos e o técnico espanhol. Para já o FC Porto parte como favorito para a temporada que se avizinha. Ainda nem chegámos à última semana de Julho e os dragões já têm o plantel praticamente fechado e recheado de opções de alto gabarito. Esta é, de facto, a grande diferença entre o "FC Porto 2013/14" e o "FC Porto 2014/15". O projecto actual é aliciante. Resta saber se irá garantir os frutos desejados.

Benfica 0-1 Sporting (jogo amigável 2014/15)

Benfica 0-1 Sporting (jogo amigável 2014/15)
O Benfica perdeu com o Sporting (0-1) e permitiu que os seus rivais revalidassem o título da Taça de Honra da AF de Lisboa. O golo foi apontado por André Martins.
Onze inicial do Benfica: Artur, Luís Felipe, Benito, Jardel, César, João Teixeira, Talisca, Gaitán, Ola John, Lima e Cardozo

Principais destaques:
- Foi apenas o 2.º jogo da pré-época, desta vez frente a um adversário mais complicado, mas a exibição voltou a não convencer
- O Benfica demonstrou muitas dificuldades no processo ofensivo (praticamente não rematou à baliza de Marcelo Boeck)
- Os encarnados foram atropelados no meio-campo (Adrien esteve em destaque no conjunto leonino) e sentiram muitas dificuldades nos processos de transição defensiva
- Jardel e César foram os melhores elementos da defesa (Benito continua sem deslumbrar e Luís Felipe não tem qualidade suficiente para jogar no Benfica)
- João Teixeira realizou uma boa partida até ao erro que originou o golo do Sporting
- Cardozo pouco ou nada fez, Lima esteve activo mas pouco perigoso, Gaitán teve a missão de pautar o ataque (ainda assim não houve nenhum perigo pelas alas)
- Nenhum elemento se destacou a partir do banco e até surpreende o facto de Salvio, N. Oliveira e Sidnei (que não deve contar para Jorge Jesus) não terem tido mais minutos

Benfica 1-0 Estoril (jogo amigável 2014/15)

Benfica 1-0 Estoril (jogo amigável 2014/15)
O Benfica venceu o Estoril (1-0) no seu primeiro jogo de preparação para a época 2014/15, a contar para as meias-finais da Taça de Honra da AF de Lisboa, graças a um golo do novo reforço Anderson Talisca.
Onze inicial do Benfica: Artur, Luís Felipe, Benito, Jardel, César, João Teixeira, Talisca, Candeias, Ola John, Jara e Derley

Principais destaques:
- Partida com poucas oportunidades de parte a parte, ainda que os encarnados tenham sido a melhor equipa em campo
- João Teixeira e Ola John foram os jogadores que mais impressionaram na 1.ª parte, já na etapa complementar, altura em que Jorge Jesus apostou nos habituais titulares, o jogo perdeu qualidade (Gaitán foi o melhor)
- Do lado dos novos reforços, César, Benito e Talisca saíram com nota positiva, enquanto Candeias, Derley e Jara (o que mais erros acumulou) estiveram mais discretos

A luta pela Bola de Ouro (quase) voltou à estaca zero

A luta pela Bola de Ouro (quase) voltou à estaca zero
Foi uma decisão que apanhou muitos de surpresa, inclusive o próprio Maradona. Messi foi considerado Melhor Jogador do Mundial'2014, superando elementos como James Rodríguez, Robben ou Müller, principais favoritos ao prémio. "Ronaldo desiludiu, Messi sobressaiu e ainda foi o 'MVP' do torneio" e a luta pela Bola de Ouro, que vai ganhando contornos mais espessos agora que o Mundial chegou ao fim, continua sem um favorito indicutível (a má prestação de Portugal prejudicou Ronaldo).

(Quase) Tudo correu de feição a Messi neste Mundial: foi ele quem decidiu as partidas da fase de grupos, a Argentina juntou ao pleno de vitórias na fase de grupos uma presença na final, Cristiano Ronaldo foi um dos craques mais apagados da competição (nem ultrapassou a fase de grupos) e o prémio individual supracitado ajudou o 10 argentino a ganhar uma dimensão mediática ainda maior. Aliás, devido à projecção mundial que a competição tem, Messi ganhou um claro ascendente sobre vários rivais (incluindo Ronaldo) na corrida à Bola de Ouro. É certo que não conquistou nenhum título colectivo nem bateu recordes estratosféricos em 2014, mas é impossível ignorar o peso de uma final de um Campeonato do Mundo, sobretudo se não nos esquecermos que os votos da Bola de Ouro se cingem a jogadores/capitães, seleccionadores e jornalistas.

Entramos numa fase decisiva. As memórias recentes tendem a acumular-se numa camada mais superficial, os títulos deixaram de ter um peso tão significativo e as performances individuais, às quais se alia o momento de forma das equipas, saltam à vista. Para já Ronaldo leva uma Liga dos Campeões e uma Taça do Rei de vantagem (poderá ainda juntar a Supertaça Europeia e Espanhola ao currículo) - Messi tem mais dois golos e duas assistências que o português em 2014 - mas isso pode nem chegar para revalidar o título individual (Ribéry que o diga...).

Alemanha vence o Mundial'2014

Alemanha vence o Mundial'2014
Alemanha 1-0 Argentina (após prolongamento)

A Alemanha é a nova Campeã do Mundo após vencer a Argentina (1-0). Os germânicos sucedem assim à Espanha e tornam-se na primeira selecção europeia a conquistar o título mundial na América do Sul. Um golo de Götze já na 2.ª parte do prolongamento decidiu a final, que podia ter muito bem caído para o lado argentino não fosse alguma falta de eficácia da Albiceleste (tiveram as melhores ocasiões). A Alemanha teve mais posse de bola mas, à excepção de uma bola ao poste por parte de Höwedes, não conseguiram incomodar muitas mais vezes a baliza à guarda de Romero. Quanto a destaques individuais... Garay e Rojo voltaram a exibir-se a um nível muito elevado (o jogador do Sporting foi uma agradável surpresa no lado esquerdo da defesa), Mascherano voltou a encher o meio-campo e na frente houve demasiada desinspiração. Messi, sempre perigoso com a bola nos pés, conseguiu provocar alguns desequilíbrios durante o 1.º tempo mas esteve muito apagado durante o resto da partida (excepção apenas para um lance no início da 2.ª parte), Lavezzi, que até estava a jogar bem, saiu ao intervalo, Higuaín e Palacio desperdiçaram as ocasiões soberanas que tiveram. Do lado dos campeões, Neuer voltou a demonstrar uma fantástica leitura de jogo (hoje não teve tanto trabalho entre os postes), na defesa hoje foi Lahm a destacar-se, embora tenham estado globalmente bem), Schweinsteiger impôs-se no meio-campo e foi o rosto do espírito de luta alemão (sentiu-se a falta de Khedira e Kramer, ambos lesionados durante o dia da final) e na frente acabou por ser o banco a fazer a diferença, com Schürrle a assistir Götze para o golo que valeu o título à Alemanha.



Brasil volta a desiludir e fica em 4.º lugar

Brasil volta a desiludir e fica em 4.º lugar
Brasil 0-3 Holanda

Há que tirar o chapéu a Van Gaal e a esta Holanda. A Holanda terminou o Mundial'2014 na 3.ª posição remetendo o Brasil, país anfitrião, para o 4.º posto. O golo de penálti de Van Persie logo no início da partida pôs novamente a nu as fragilidades desta selecção brasileira. Num encontro marcado pela má arbitragem, a Holanda voltou a demonstrar a sua organização e sai deste Mundial com um amargo na boca devido ao epílogo do jogo diante da Argentina, mas com uma sensação de dever cumprido. Aliás, é impressionante a forma como Van Gaal conseguiu montar uma equipa tão disciplinada e como elementos como Blind, Vlaar, De Vrij, Janmaat, Kuyt e Robben se exibiram a um nível muito alto ao longo da competição. Quanto ao Brasil, ficou órfão de qualquer tipo de aspiração mais alta após a lesão de Neymar, o que demonstra bem a importância do craque do Barcelona nesta selecção de Scolari, mas tinha jogadores capazes de fazer muito melhor nestes últimos dois jogos. O ataque voltou a ser uma nulidade e defensivamente a equipa voltou a tremer imenso. Óscar, mesmo sem deslumbrar e com funções diferentes daquelas que normalmente costuma exercer, foi dos melhores.

Época 2013/14 em revista: Premier League

Campeão: Man. City

Liga dos Campeões: Liverpool, Chelsea, Arsenal*
Liga Europa: Everton, Tottenham*, Hull City*
*Equipas sujeitas a playoff de acesso às respectivas competições

Desceram: Cardiff, Fullham, Norwich
Subiram: Leicester, Burnley, QPR


A melhor Premier League dos últimos anos e uma das melhores de sempre. O Man. City conseguiu segurar o título graças ao seu poder ofensivo absolutamente explosivo (a dupla Fernandinho & Yaya Touré também foi decisiva) e por ter conseguido triunfar em todos os jogos da recta final do campeonato, ao contrário dos seus mais directos rivais na luta pelo troféu - Liverpool e Chelsea. Os reds, que contaram com a maravilhosa dupla "Suárez & Sturridge", protagonizaram uma série vitoriosa excepcionante na segunda metade da liga mas foram traídos no penúltimo jogo em casa, frente ao Chelsea, por um erro de Gerrard. José Mourinho voltou ao comando dos londrinos mas pecou nos jogos diante de adversários teoricamente mais acessíveis - foi derrotado em casa pelo Crystal Palace, na altura último classificado, algo que nunca havia acontecido enquanto o Special One treinara em Londres - e não foi além de um 3.º lugar. Imediatamente abaixo ficou o Arsenal, que chegou a Dezembro no topo da classificação (o conjunto de Wenger praticava um futebol muito positivo) mas que atravessou uma fase menos conseguida nas jornadas seguintes, o suficiente para hipotecar as chances do título.

Uma das grandes surpresas da época foi o Southampton, que durante vários meses esteve em posições que lhe garantiam uma presença na Liga dos Campeões, mas que começou a quebrar na segunda metade do campeonato (os índices defensivos, também fruto de uma ou outra ausência, começaram a piorar e foram fatais para o conjunto de Pochettino). O Everton voltou a realizar uma temporada muito positiva, agora com Roberto Martínez ao leme da turma de Liverpool, ficando à frente de um Tottenham que despediu André Villas-Boas, entretanto contratado pelo Zenit, ainda em Dezembro. Convém relembrar que o Adjunto1x2 destacou Southampton e Everton durante esta temporada.

O Man. United, por outro lado, arrecadou o prémio de "decepção do campeonato". David Moyes fez um trabalho fraquíssimo (e ainda demorou algum tempo a ser despedido), as contratações de Mata e Fellaini pouco ou nada renderam em termos desportivos e a equipa jogava sem confiança. Resultado: um lamentável 7.º lugar, arredado das competições europeias, uma das piores classificações do clube nos últimos anos. Outra "semi-decepção" foi o Newcastle. Exigia-se mais que um 10.º lugar a uma equipa que tem jogadores de grande qualidade e capacidade para discutir um lugar europeu. Norwich (também desiludiu bastante), Fulham e Cardiff vão disputar o Championship no próximo ano.

Romero garante final à Argentina de Sabella

Romero garante final à Argentina de Sabella
Holanda 0-0 Argentina (2-4 após g.p.)

Mais uma partida decidida nos penáltis, a 4.ª do Mundial'2014. O equilíbrio e o receio foram os ingredientes principais do jogo durante o tempo regulamentar. Cillessen e Romero estiveram muito seguros entre os postes - o argentino destacou-se na marcação de grandes penalidades - mas foram os defesas a razão pela qual o 0-0 persistiu durante tanto tempo (Vlaar e De Vrij, na Holanda, Garay e Demichelis, na Argentina, fizeram exibições imperiais). Robben voltou a demonstrar uma capacidade explosiva impressionante, Kuyt fez uma exibição muito sólida a lateral e Blind voltou a demonstrar bastante simplicidade na forma como joga. Já na Argentina, Messi fora algumas fintas em zonas menos perigosas ou lances de bola parada foi bem anulado pelo adversário, Lavezzi e Higuaín estiveram apagados, Enzo jogou bem na condição de titular e Mascherano foi o melhor em campo (tem sido o melhor argentino nesta fase a eliminar).

Escândalo em Belo Horizonte: Alemanha humilha o Brasil rumo à final

Escândalo em Belo Horizonte: Alemanha humilha o Brasil rumo à final
Brasil 1-7 Alemanha

Humilhação total e pior derrota da história da Canarinha! A Alemanha, que ao intervalo já vencia 5-0, goleou o Brasil por 7-1 tornando-se na primeira selecção a marcar presença no Maracanã. Num encontro cujo grau de dificuldade seria mais acrescido para a Canarinha devido às ausências de Neymar e Thiago Silva, a Alemanha soube aproveitar bem as transições ofensivas e as fragilidades defensivas dos brasileiros. Se no Brasil é impossível destacar alguém pela positiva, na Alemanha passa-se exactamente o contrário. Elementos como Kroos (talvez o melhor em campo), Khedira e Müller demonstram toda a sua classe, Klose tornou-se no melhor marcador de sempre na história dos Mundiais (16 golos), a imabtibilidade do Brasil em casa foi quebrada (42 jogos), a Alemanha ultrapassou o Brasil no número de finais disputadas (9) e golos marcados em Mundiais (223), enfim... recordes atrás de recordes que aumentam o peso deste resultado escandaloso.

Época 2013/14 em revista: La Liga

Campeão: At. Madrid

Liga dos Campeões: Barcelona, Real Madrid, Athletic Bilbao*
Liga Europa: Sevilla, Villarreal*, Real Sociedad*
*Equipas sujeitas a playoff de acesso às respectivas competições

Desceram: Betis, Valladolid, Osasuna
Subiram: Eibar, Deportivo da Corunha, Cordoba


Autêntica luta a três pelo título. Porém, no fim foi o At. Madrid a sorrir e a alcançar um feito gigante. Os colchoneros derrubaram a hegemonia dos seus rivais mais directos e juntaram a uma época recheada de futebol intenso, eficaz e apaixonante o 1.º lugar na Liga Espanhola. A solidez defensiva, o meio-campo pressionante (Tiago esteve em grande plano), um Diego Costa "matador" e um líder fora das quatro linhas de nome Diego Simeone formaram a identidade do novo campeão espanhol. Após uma época pautada pelo equilíbrio - se bem que houve vários deslizes na recta final -, o At. Madrid deslocou-se ao terreno do Barcelona na última jornada (os culés necessitavam obrigatoriamente de uma vitória para "roubar" o título ao conjunto de Simeone) e segurou o empate (1-1). Já o Real Madrid, que terminou em 3.º em igualdade pontual com o Barcelona, teve em Cristiano Ronaldo (31 golos) a sua figura maior no campeonato (Modric e Di María destacaram-se também) mas pagou caro as inadmissíveis perdas de pontos nas derradeiras jornadas.

Mais abaixo na tabela classificativa, nova luta interessante pelos restantes lugares europeus. O Athletic Bilbao voltou a demonstrar que é uma das equipas mais fortes de Espanha a jogar em casa e segurou confortavelmente o 4.º lugar. O Sevilha fez uma recuperação fantástica no último terço da temporada e ainda foi a tempo de segurar um posto que garantisse a qualificação directa para a Liga Europa. Villarreal e Real Sociedad ainda vão ter de disputar o playoff de acesso à mesma competição.

O Valencia, que teve uma razoável primeira metade do campeonato, ficou, portanto, fora da rota europeia, tendo sido uma das decepções na Liga Espanhola. No entanto, o Betis conseguiu fazer bem pior. O clube sevilhano, que inclusivamente chegou aos oitavos-de-final da Liga Europa esta época, terminou na última posição e irá fazer companhia a Valladolid e Osasuna na 2.ª Divisão Espanhola.

Krul, o herói da Holanda nos penáltis; Argentina não dá hipóteses à Bélgica

Krul, o herói da Holanda nos penáltis; Argentina não dá hipóteses à Bélgica
Holanda 0-0 Costa Rica (4-3 após g.p.)

A Costa Rica aguentou-se bem durante 120 minutos mas Tim Krul, aposta específica de Van Gaal para os penáltis, travou as aspirações da selecção que mais surpreendeu neste Mundial'2014. A Holanda só se pode queixar a si própria pelo nulo (oportunidades não faltaram). Robben esteve novamente activo, Van Persie demasiado perdulário e a defesa esteve insuperável (os costa-riquenhos apenas remataram uma vez à baliza). Do lado contrário valeu Keylor Navas a aguentar o empate e uma defesa bastante concentrada, como assim nos habituou (apenas um golo sofrido em toda a prova), que teve em Giancarlo González e Umaña dois autênticos muros. Mérito ainda para Van Gaal por ter reservado (e bem) a sua última substituição para as grandes penalidades (decisão que irá ficar para a história).



Argentina 1-0 Bélgica

Uma Bélgica irreconhecível, talvez ainda fatigada devido ao encontro dos oitavos-de-final. Incrível como o conjunto de Wilmots demonstrou pouca capacidade para tentar dar a volta ao resultado (De Bruyne foi dos poucos a safar-se). Um golo de Higuaín foi suficiente para colocar a Argentina nas meias-finais, num encontro marcado pela lesão de Di María (Enzo Pérez entrou para o seu lugar). A defesa argentina esteve em destaque, com Biglia a oferecer maior qualidade que Gago ao meio-campo e um trio de luxo na frente de ataque (melhor jogo de Higuaín até ao momento, Messi desequilibrou principalmente no 1.º tempo, Lavezzi também se foi apagando).

Dupla de centrais brasileira resolve; Entrada forte da Alemanha elimina a França

Dupla de centrais brasileira resolve; Entrada forte da Alemanha elimina a França
Brasil 2-1 Colômbia

A selecção anfitriã colocou um ponto final nas aspirações de uma Colômbia que se exibiu a grande nível neste Mundial'2014 (hoje foi traída pela sua prestação mais fraca no torneio). Uma partida marcada pelo número excessivo de faltas - uma delas tirou Neymar do resto do Mundial - e por um meio-campo brasileiro claramente melhor que o colombiano. Thiago Silva (um golo e um amarelo infantil que o tira da meia-final) e David Luiz (golaço de livre) fizeram a diferença, ainda assim, faltou alguma clarividência no ataque canarinho (Hulk e Neymar desequilibraram mas houve várias oportunidades desperdiçadas). Na Colômbia, houve mais uma vez um James Rodríguez endiabrado (voltou a marcar e arrisca-se a ser o melhor jogador da prova mesmo quedando-se pelos quartos-de-final) e que deu o exemplo quando a equipa perdia por dois, mas pouco mais do meio-campo para a frente (a defesa também não esteve mal face à boa réplica ofensiva do Brasil).




França 0-1 Alemanha

Desta vez foi fatal a falta de soluções ofensivas dos gauleses. A Alemanha, graças a um golo de Hummels e a uma entrada fortíssima em campo (não deixaram a França respirar durante o primeiro quarto de hora da partida), carimbou a passagem à meia-final. Um jogo menos espectacular do que se esperava à partida mas com muita competência germânica à mistura. Neuer este muito seguro entre os postes, Hummels foi o expoente máximo de uma defesa competente, o meio-campo esteve a grande nível mas na frente houve alguma desinspiração. Do lado da França, a equipa foi abalada pela entrada de rompante dos adversários e Valbuena foi dos poucos a conseguir remar contra a corrente (a defesa também não comprometeu).

Época 2013/14 em revista: Bundesliga

Campeão: Bayern

Liga dos Campeões: Borussia Dortmund, Schalke 04, Bayer Leverkusen*
Liga Europa: Wolfsburgo, B. Moenchengladbach*, Mainz*
*Equipas sujeitas a playoff de acesso às respectivas competições

Desceram: Braunschweig, Nuremberga
Subiram: Colónia, Paderborn


Um ano de recordes para o incontornável campeão Bayern. Ganharam o título a 7 jornadas do fim, ainda em Março - título mais rápido da história da Bundesliga -, estiveram 53 sem perder na liga, série mais longa de imbatibilidade numa simples temporada (28 jogos), melhor série de vitórias em partidas fora de casa (10), melhor série de jogos sem perder fora de casa (33), jogos seguidos a marcar (65). Talvez existam mais recordes mas já dá para perceber a hegemonia do conjunto de Munique comandado por Guardiola, que implementou a sua cultura de posse de bola numa equipa já habituada a títulos. Elementos como Lahm, Javi Martínez ou Müller habituaram-se a novas funções e evoluíram tacticamente, tendo toda a equipa respondido muito bem à rotatividade do plantel e às novas rotinas tácticas.

O Borussia Dortmund, com menos profundidade no plantel, conseguiu segurar o 2.º lugar. Reus evidenciou-se e foi um dos elementos em destaque na liga alemã e Lewandowski, que irá representar o Bayern a partir de 2014/15, foi o melhor marcador do campeonato e teve direito a uma despedida especial por parte dos adeptos da equipa de Klopp. O Schalke 04, cuja ausência de Huntelaar durante algumas semanas por lesão acabou por não ser tão grave, terminou no 3.º posto (último lugar de acesso directo à Liga dos Campeões), enquanto Bayer Leverkusen e Wolfsburgo lutaram pelo 4.º lugar. As grandes surpresas da época foram o Mainz (segurou uma vaga europeia) e o Augsburgo (normalmente luta para não descer), que apenas ficaram separados por um ponto na tabela classificativa. Destaque a nível individual para Adrian Ramos (realizou uma excelente temporada pelo Hertha e assinou pelo B. Dortmund) e Roberto Firmino (contribuiu para o excelente registo ofensivo do Hoffenheim). Pela negativa, não se pode esquecer a campanha do Hamburgo, que se safou no playoff de descida de algo inédito na sua história - única equipa a disputar todos os jogos no escalão principal -, e do Estugarda, que apenas terminou um lugar acima do Hamburgo.

Argentina sofre para derrotar a Suíça; Howard não consegue travar a Bélgica

Argentina sofre para derrotar a Suíça; Howard não consegue travar a Bélgica
Argentina 1-0 Suíça (após prolongamento)

Escapou à tangente. A Argentina precisou de esperar mais de 115 minutos para marcar o golo que lhe valeu a passagem aos quartos-de-final e ainda viu a Suíça atirar uma bola ao poste pouco tempo depois. A Argentina voltou a praticar um futebol muito aquém do aceitável (apenas encostou a Suíça na 2.ª parte, mas isso também se justifica pelo cansaço dos helvéticos) mas continua a somar vitórias. Valeu Di María (exibição muito esforçada mas inconstante) no prolongamento, Messi apenas apareceu na 2.ª parte mas também não deslumbrou (apesar de os seus desequilíbrios terem feito muita moça) e a defesa esteve segura. Higuaín e Lavezzi apresentaram pouco, ao contrário de Palacio que teve um bom contributo a partir do banco. Na Suíça, Benaglio evitou o golo por diversas vezes (a defesa até nem esteve mal, se bem que o lateral Ricardo Rodríguez se destacou), Inler e Behrami estiveram bem no meio-campo, mas na frente apenas Shaqiri, a espaços, conseguiu incomodar a defesa argentina.



Bélgica 2-1 EUA (após prolongamento)

Um gigante Tim Howard (16 defesas) não foi suficiente para suster o caudal ofensivo da Bélgica. O guarda-redes norte-americano foi aguentado o nulo durante os 90 minutos mas logo no início do prolongamento a Bélgica resolveu a questão. Os EUA ainda responderam (e marcaram) mas não conseguiram chegar ao empate. Na retina fica o falhanço de Wondolowski aos 90'+2. Foi a melhor exibição dos belgas no Mundial (De Bruyne, Origi e Lukaku brilharam), ainda assim, voltaram a ficar evidentes algumas fragilidades na defesa - ter dois centrais de raiz nas laterais também não ajuda no processo ofensivo - e nas transições. Os EUA deixam o Brasil com uma sensação de dever cumprido (incrível percurso de Klinsmann) e com a certeza de terem valorizado alguns dos activos. Os laterais Fabian Johnson (já tinha sido destacado pelo Adjunto1x2 antes do Mundial) e Yedlin, Besler, Jones e Bedoya foram algumas das agradáveis surpresas e Dempsey e Bradley confirmaram a sua qualidade deixando o relegado Donovan para um segundo plano.