Não se pode dizer que a saída de André Villas-Boas do Tottenham foi surpreendente. A goleada diante do Man. City (6-0) já tinha deixado as suas marcas, o futebol praticado não era de todo o mais apetecível para quem estava nas bancadas (deu a ideia que AVB não identificou o seu 11 base desta época) e a derrota caseira frente ao Liverpool (0-5) foi a estocada final. Já é a segunda vez que o técnico português, num campeonato pouco propenso a alterações técnicas (este ano já vai em 5!), sente o azedo sabor de deixar o comando técnico da sua equipa. O que poderá espantar são os registos em torno deste despedimento. Analisando a imagem do lado (que apenas representa os dados das temporadas em que foi despedido), e tendo por base que o Tottenham fez uma excelente campanha na Premier League no ano passado, atire a primeira pedra quem previa que um registo destes seria suficiente para que a Direcção do Tottenham tomasse medidas drásticas. Aliás, AVB foi mesmo o técnico com os melhores registos no Tottenham nestes últimos anos.
Ainda assim, uma palavra para o desempenho de AVB. O Tottenham nunca teve uma mentalidade de campeão ao longo dos anos. O "fenómeno Bale" parece não ter sido esquecido pelos aficcionados do clube e os níveis de exigência aumentaram consideravelmente (até pelo dinheiro que foi investido para substituir o galês). Dito isto: se Bale guiou AVB e o Tottenham a uma grande classificação (o futebol de posse de bola era apelativo), o mesmo não se poderá dizer do que agora acontece com o plantel de 2013/14. Face aos jogadores que estavam à disposição do treinador português, custa atribuir culpas à qualidade dos mesmos. Acima de tudo, fica a ideia que o ADN do plantel deste ano não foi bem identificado (o meio-campo estava em constante mudança e a aposta em Soldado na frente não colheu os frutos desejados - os spurs têm o pior ataque da prova) e que faltou uma referência ofensiva capaz de resolver um jogo a qualquer instante (Bale ou... Hulk).
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