Benfica: Contrariar a tendência dos jogos grandes
ASPECTO A EXPLORAR: Liberdade criativa dos alas. Pizzi assumiu o lado direito do meio-campo e conferiu uma estabilidade táctica que tem sido preponderante no sucesso do Benfica. As suas movimentações, juntamente com a magia de Gaitán, exímio na condução de bola e um dos jogadores mais tecnicamente evoluídos do campeonato, podem desequilibrar uma partida a qualquer momento e baralhar as marcações individuais do FC Porto.
TER ATENÇÃO A: Bolas paradas. E isto em ambos os lados do campo, isto é, o FC Porto tem marcado vários golos de bola parada, sobretudo de canto, mas também tem sofrido bastantes de igual forma.
JOGADOR-CHAVE: Jonas. Acusado de não aparecer nos "jogos grandes", algo comprovado pela estatística, o brasileiro entra para este jogo no melhor momento da sua carreira (15 golos e 6 assistências, nos últimos 10 jogos da Liga). Perante uma equipa do FC Porto não tão coesa como anteriormente, as suas movimentações serão fulcrais para criar desequilíbrios - e oportunidades - e buscar, assim, o primeiro golo contra os dragões.
FC Porto: Manter a chama do título acesa
Um nada querido mês de Janeiro... Depois de terem sido afastados da Liga dos Campeões - o jogo em casa com o D. Kiev terá sido o momento chave da época - e da Taça da Liga, ainda que não de forma oficial, os dragões viram a liderança fugir logo no primeiro jogo de 2016 após uma exibição pobre frente ao Sporting. Fast-forward até à chegada de José Peseiro, encontramos um FC Porto cada vez mais longe do primeiro lugar, sem a mesma chama de outros tempos. A chegada do novo técnico implicou o abandono do futebol de posse e a adopção de um modelo que privilegia a largura de jogo e o envolvimento dos jogadores numa manobra mais ofensiva, com o uso recorrente dos flancos. Numa equipa ainda à procura de cimentar esta nova identidade, em vésperas de um dos jogos mais importantes da época, resta saber como se comportará o Dragão no Estádio da Luz.ASPECTO A EXPLORAR: Largura de jogo e movimentos interiores. Tal como escrevi, o modelo de jogo de José Peseiro privilegia a exploração dos flancos. Se a equipa se conseguir balançar bem no ataque, trocando a bola rapidamente e baralhando o posicionamento defensivo do Benfica com movimentos interiores e de ruptura, as ocasiões de golo deverão surgir mais facilmente. Atenção ainda para as movimentações de André André, constantemente a derivar para o flanco, e Herrera.
TER ATENÇÃO A: Transição defensiva. O Benfica não é uma equipa especialmente talhada para o contra-ataque, mas Renato Sanches, Pizzi e Gaitán são jogadores capazes de imprimir uma nova velocidade de um momento para o outro. E o modelo ofensivo do FC Porto é bastante susceptível de abrir brechas no meio-campo defensivo - contra o Arouca isso ficou bem evidente.
JOGADOR-CHAVE: Corona. Poderia igualmente destacar Brahimi, mas "Tecatito" tem tudo para se evidenciar. No duelo com Eliseu leva clara vantagem, tanto no "um contra um" como nas desmarcações nas suas costas do internacional português, e a sua velocidade poderá igualmente ser útil em situações de transição rápida.
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