Embora tenha ficado em 3º lugar no campeonato, uma posição abaixo do que se havia verificado em 2013/14, o Sporting voltou a conquistar um título (Taça de Portugal) sete anos depois. Apesar desse momento mais positivo, a temporada verde e branca ficou marcada pela divergência entre Bruno de Carvalho e Marco Silva, que culminou com o despedimento do técnico.
O arranque menos conseguido do Sporting na Liga acabou por ditar a sua sorte na competição. Tendo uma equipa jovem como base, em que a experiência do retornado Nani
era uma das escassas excepções, o Sporting praticava um futebol
bastante agradável do ponto de vista de posse e de balanço ofensivo (foi a equipa com mais remates em toda a Liga, apesar de ter sido apenas o 3º melhor ataque da prova), embora com graves lacunas defensivas, o sector que
mais meteu água durante a época, inadmissíveis para quem ambiciona ser
campeão (o registo de 103 cartões amarelos e 10 vermelhos ajuda a comprovar a ideia). Se os empates com Benfica e FC Porto não foram percalços de maior, o
mesmo não se pode dizer de outros jogos no primeiro terço do campeonato.
Mesmo sem ter averbado qualquer derrota em casa, os empates diante de equipas de meio da tabela atrasaram imenso o clube leonino na luta pelo título. E é mais ou menos a partir desta altura, final de 2014, que o caso ganha novos contornos. Eliminação injusta na Liga dos Campeões, blackout e o rumor do despedimento de Marco Silva. O treinador, porém, não se deixou abalar e esteve a segundos de alcançar os seus rivais directos. No entanto, o golo de Jardel (Benfica) no último minuto foi fatal para os leões, que logo a seguir foram eliminados das competições europeias e vergados pelo FC Porto. Após algumas semanas a garantir o 3º lugar e a cumprir calendário, a Taça de Portugal, pelo trajecto até à final, acabou por ser um prémio merecido para o Sporting.
O Sporting 2014/15, é certo, não se resumiu a Marco Silva. Nem mais uma vez ao ego de Bruno de Carvalho. Pelas exibições, pelo troféu conquistado (e mérito nessa mesma conquista) e pela forma como tirou o melhor de alguns jogadores (Carrillo, João Mário e Paulo Oliveira evoluíram bastante) e como lidou com a pressão interna, Marco Silva saiu injustamente pela "porta pequena". O plantel era bastante limitado quando comparado com o dos outros dois rivais mas fez um trabalho competente pese os erros individuais, daí que o 3º lugar não possa ser encarado como uma desilusão e o regresso aos títulos mereça o devido destaque. A partir de 2015/16 será a vez de Jorge Jesus assumir o cargo.
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