Taiti: a oportunidade de representar a Oceânia

No seguimento da goleada imposta pela Espanha no seu último jogo, o blog Visão de Mercado, um dos mais conceituados a nível nacional (e internacional), publicou um artigo interessante relativo à coerência de se ter uma selecção como a do Taiti a disputar a prova da Taça das Confederações.
 
 
Faz sentido que as nações da Oceânia mereçam ter a oportunidade de participar numa prova mais competitiva (neste caso, a Taça das Confederações)? Para que os níveis de competitividade não diminuam significativamente nesta prova, será que a  desintegração das nações da Oceânia seria uma medida acertada? O Taiti chegou a esta edição da Taça das Confederações com todo o mérito (independentemente dos adversários que teve pelo caminho). Aquilo que está a acontecer com o Taiti poderia acontecer em qualquer outra prova prestigiada (por exemplo: nem sempre o vencedor da Taça de Portugal é uma equipa forte. Se venceu a prova tem todo o mérito. Vencendo, ficará apurado para as competições continentais, onde se sujeitará a defrontar algumas das equipas mais fortes a nível mundial e a resultados mais desequilibrados.). Além do mais, como o próprio nome indica, trata-se de uma competição onde cada uma das confederações é representada pela sua selecção mais forte (face ao desempenho nas principais provas internacionais) e, como tal, o Taiti merece a oportunidade de representar o seu contingente e não ser inserido noutro devido à qualidade dos seus jogadores internacionais.
 
Tal como o mesmo blog alerta, não faz sentido defender a participação do Taiti nesta prova e também defender a da Austrália (agora integrada nas competições asiáticas devido a discrepâncias no nível competitivo). Existem campeonatos espalhados um pouco por todo o mundo onde o campeão é praticamente sempre o mesmo. Mas se a Austrália, pese o facto de ser tremendamente superior face às restantes selecções da Oceânia, tem a oportunidade de representar o seu continente e opta por defrontar quem faz parte da Ásia, há que criticar essa postura (não devem ser os australianos a procurar maior competitividade, mas as outras nações oceânicas a oferecê-la e a melhorar nesse sentido) e concordar com o ponto de vista do Visão de Mercado. No mesmo sentido, penso que integrar todas as selecções num só contingente não será a melhor solução.
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