Chicago Bulls 2014/15: O ano de Jimmy Butler

Findada a época da NBA e já com o Draft à porta, é altura de fazer uma retrospectiva da temporada dos Chicago Bulls. Sérios candidatos ao título na Conferência Este, a temporada voltou a ficar marcada por lesões dos habituais titulares (o cinco inicial falhou um total combinado de 88 jogos), algo que dificultou a obtenção de uma melhor classificação (3º) durante a fase regular. Desde a afirmação de Jimmy Butler ao despedimento de Tom Thibodeau, eis os 8 pontos principais que marcaram a época dos Bulls.


O ano de Jimmy Butler: Carregou os Bulls nos primeiros meses (excelente a forma como conseguiu atacar o cesto com maior frequência), quando Rose ainda não estava em condições, e chegou merecidamente ao All-Star Game. Faltava-lhe melhorar ofensivamente (defensivamente já era um dos melhores) e o trabalho-extra feito durante o Verão, exactamente com esse intuito, compensou. O título de MIP premiou o esforço daquele que outrora foi a 30ª escolha do Draft.

Pau Gasol, uma escolha acertada: Muito se falou em Carmelo Anthony para a vaga de SF mas foi o gigante espanhol a chegar enquanto free agent. Melhor teria sido impossível. 18,5 pontos/jogo, líder da equipa em ressaltos e blocos (fase regular), a sua experiência e o seu mid-range facilitaram a sua adaptação e levaram-no ao All-Star Game.

O patinho feio: Muito se criticou Mike Dunleavy no início da época por já ser um veterano que pouco mais acrescentava além do seu tiro exterior, mas o SF até foi um dos mais regulares. Melhorou defensivamente e foi uma fonte de pontos importante para um conjunto que no ano anterior foi um dos piores nesse aspecto.

O rookie Mirotic: O seu nome era um dos três mais falados para rookie do ano, e chegou mesmo a integrar, merecidamente, a equipa ideal de estreantes, mas não deslumbrou. Foi decisivo em algumas ocasiões, nota-se que tem talento, mas o jogo mais físico e exigente da NBA mostrou que nem mesmo a sua experiência no Real Madrid era suficiente para singrar de imediato. Precisa de melhorar ainda a sua eficácia.


Oh-Noah!: Não foi uma temporada fácil. 15 jogos falhados devido a lesão, a chegada de Gasol alterou as suas rotinas defensivas e os números, consequentemente, desceram a pique. Esperava-se que apresentasse um nível similar ao do ano passado (foi o DPOY) - nos playoffs mostrou maior intensidade - mas não foi o caso.
Acabou-se para Thibodeau: A relação com os membros superiores não era, aparentemente, a melhor mas é uma decisão que, de certa forma, faz sentido. Tom Thibodeau ficou conhecido por potenciar alguns jogadores e por dar primazia ao aspecto defensivo, o problema é que os Bulls estiveram bem longe de exibir essa consistência defensiva este ano (as lesões não podem ser desculpa para isso) e, tendo em conta a força do elenco à sua disposição, o técnico teve recursos para chegar mais longe nos playoffs. A partir de agora, é a vez de Fred Hoiberg.

Aquele "Game 4": Falando em playoffs, é impossível ficar indiferente ao desfecho da temporada. Especialmente o 4º jogo do embate com os Cavs. Depois do buzzer-beater de Rose no jogo anterior, a forma como LeBron James decidiu a partida, isto depois de aos árbitros ter escapado a ilegalidade cometida por David Blatt - pediu timeout quando já não tinha -, foi fatal para a moral da equipa. Injusto, sem dúvida. Todavia, exigia-se mais a quem jogava contra uma equipa condicionada.

A habitual irregularidade: Continuou a ser frequente assistir aos Bulls a adormecerem em determinados momentos do jogo, a movimentarem-se pouco sem bola no processo ofensivo e a facilitar perante adversários consideravelmente mais fracos. O factor-casa continua a não ser uma tendência, e isso nos playoffs não costuma perdoar, e mesmo o banco, um dos melhores da NBA, esteve, à excepção de Aaron Brooks (falhou nos playoffs) e Snell (poucos minutos), aquém do que se esperava.
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