Nulo aproxima Benfica do título

Benfica 0-0 FC Porto

Um resultado que serve melhor os interesses do Benfica, que continuam a depender de si próprios para renovar o título. Quanto ao FC Porto, esperava-se mais ambição e ousadia de quem partia com uma dupla desvantagem (diferença pontual e confronto directo) à entrada para esta partida. Naquele que era o "jogo do título" desta temporada, viu-se um FC Porto com muita bola mas poucas oportunidades - na primeira parte Jackson Martínez desperdiçou aquela que foi a única grande ocasião em 45 minutos - e um Benfica a jogar pelo seguro, sabendo que um empate serviria para as suas contas do título. Apesar da segunda metade ter mostrado um pouco mais de atrevimento de parte a parte, o clássico, bastante faltoso, foi um dos mais pobres das últimas épocas, o que apenas favoreceu os encarnados que estão a nove pontos do bi-campeonato.

Benfica: Maior preocupação em não deixar o FC Porto criar chances do que propriamente assumir o controlo da partida. A abordagem mais cautelosa, claramente a apostar num empate como mal menor, resultou na perfeição. Se por um lado é verdade que Jorge Jesus interrompe o ciclo de dezenas de jogos consecutivos a marcar em casa para o campeonato, também é certo que finalmente não foi derrotado por nenhum dos dois grandes rivais nos quatro jogos da época. Individualmente, o maior destaque vai para Samaris, cada vez mais um senhor jogador na sua posição, e para Jardel, que esteve imperial no eixo da defesa. Eliseu teve bastantes dificuldades na primeira parte (viu amarelo nessa altura mas o adversário não soube aproveitar isso) e o meio-campo do FC Porto não permitiu muita margem de manobra aos homens da frente (face ao resultado adverso, a meia-hora final foi diferente).

FC Porto: Percebeu-se a intenção de controlar o meio-campo desde o início e assumir a batuta quanto à toada do jogo, mas não a falta de ambição de Lopetegui num jogo em que a vitória era o único resultado que interessava. Daí que fique a ideia que o espanhol deu meio jogo de vantagem ao rival e apenas reagiu demasiado tarde. Mea-surpresa para a titularidade de Hélton (Fabiano parece ter sido riscado a partir de agora), para o à-vontade de Rúben Neves num esquema de duplo-pivot que acabou por não ter resultados práticos face à necessidade de vitória dos portistas e para a exibição de Danilo, o mais consistente.
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