Defesa aos pastéis

A 13ª jornada da Liga NOS não deverá guardar boas recordações para os adeptos do Belenenses, sobretudo os mais supersticiosos. Devido à derrota em Coimbra (3-4), a equipa permanece com 13 pontos, ocupando o 13º lugar, e ainda viu Ricardo Sá Pinto colocar o seu cargo à disposição. Olhando para o trabalho que o técnico português fez na Liga, salta logo à vista que a defesa tem "andado aos papéis". Ou "aos pastéis", tratando-se dos azuis do Restelo.

Nas 13 jornadas disputadas, o Belenenses tem 30 golos sofridos (média de 2,31 golos/jogo), sendo que 22 deles foram encaixados longe do próprio estádio, daí que não surpreenda que estejamos perante a defesa mais batida do campeonato. Em 6 dos 13 jogos, o guardião Ventura, totalista no campeonato, teve de ir buscar a bola ao fundo das redes pelo menos três vezes, o que atesta bem o desequilíbrio defensivo da turma azul - das restantes equipas, apenas a Académica (4) soma mais de três jogos com 3 ou mais golos consentidos em noventa minutos. Embora o registo defensivo seja predominantemente negativo, o Belenenses não é a equipa da Liga com menos clean sheets: Ventura conseguiu manter a baliza inviolável diante de Moreirense (2-0) e U. Madeira (1-0), tantas vezes quanto Salin, do Marítimo. Com apenas um jogo sem golos sofridos, Académica e Tondela dividem o estatuto de piores da prova nesse aspecto em particular.

Como os defesas também não estão inibidos de darem o seu contributo ao ataque, como é óbvio, convém realçar mais um dado estatístico bastante curioso: nenhum defesa do Belenenses soma um golo ou uma assistência até ao momento no campeonato, registo inédito entre todas as equipas da competição. Gonçalo Brandão, verdade seja dita, até já fez o gosto ao pé logo na jornada inaugural, frente ao Rio Ave (3-3)... mas na baliza errada.
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