A ritmo de Cruzeiro

Faltam apenas cinco rondas para que o Brasileirão chegue ao fim. Naquela que é apelidada de "zona de rebaixamento" (zona de despromoção), o Náutico é a única formação que já não tem hipóteses de lutar pela manutenção. Num campeonato a 20, onde os quatro últimos são encaminhados para a Série B, são 6 os pontos que separam o 17º classificado do 11º (por outras palavras, são 9 as equipas que ainda lutam pela permanência na Série A Brasileira - não esquecer o penúltimo e o antepenúltimo -, isto deixando de parte alguns cenários possíveis mas hipotéticos). Outra das grandes incertezas é a luta pela presença na Libertadores - 6 equipas tentam obter uma das três vagas ainda disponíveis na mais importante competição sul-americana. No meio de tudo isto existe uma certeza absoluta: o Cruzeiro vai ser o novo campeão brasileiro (bateu hoje o Grêmio e necessita apenas de uma vitória para confirmar o título).

Onde reside o sucesso da formação liderada por Marcelo Oliveira? Poder-se-ia dizer que é na defesa - a seguir ao Corinthians são a formação menos batida do campeonato. Jogadores como Dedé (central promissor já associado ao Benfica), Egídio ou Ceará (pela sua experiência) são a prova de que tal afirmação poderia ser a mais correcta. Por outro lado, o Cruzeiro possui o melhor ataque da prova (66 golos) e conta com o experiente Borges na dianteira do seu navio. É verdade que cada sector contribui significativamente à sua maneira, mas é o meio-campo que merece uma nota principal. Desde Nilton (tem-se destacado com o seu poder físico) e Lucas Silva (apenas 20 anos), elementos mais recuados, aos jogadores mais responsáveis pelos assaltos às defesas contrárias - Willian Magrão é um jogador que apoia muito bem o resto da equipa e tem sido decisivo em vários jogos esta época; Ricardo Goulart faz uso da sua qualidade de passe e transporte de bola para imprimir uma nova dinâmica ao sector onde actua; por fim, o extremo Éverton Ribeiro (é um dos grandes destaques desta edição do Brasileirão para o Adjunto1x2), exímio a desequilibrar a defesa contrária dada a sua técnica e capacidade de procurar a baliza adversária (esta formação do Cruzeiro conta ainda com Júlio Baptista, nome bem conhecido do futebol europeu, que acrescenta uma nova maturidade e rigor à zona central e avançada do terreno e com Dagoberto, que disputou ao longo da temporada o lugar no onze com W. Magrão).

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