Um início pautado pela irregularidade

Concluídas as primeiras sete jornadas do campeonato nacional, o que equivale dizer que 20% dos jogos já foram disputados, e aproveitando a pausa para os compromissos das Selecções, é altura de fazer um balanço daquela que está a ser a temporada da Académica.

O clube de Paulo Sérgio ocupa a 11.ª posição, com 7 pontos, 6 golos marcados e 7 sofridos. Em casa, a Briosa é o único clube a registar quatro empates, embora a sua obrigação, verdade seja dita, fosse a de conquistar mais pontos nesses jogos. Depois de uma boa exibição diante do Sporting (1-1), auxiliada pelo comportamento dos leões e culminada com um golo ao cair do pano, houve várias dificuldades no capítulo da finalização frente a Vit. Setúbal (1-1) e Moreirense (0-0). Já no embate com o Estoril (2-2) o problema residiu na forma como o treinador abordou o jogo na segunda parte face à expulsão de Iago no início da segunda parte. Fora do Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra a equipa também está longe de convencer: depois de uma derrota diante do Marítimo (1-2) e de um inexplicável desaire frente ao Boavista (0-1), a Académica, numa vitória "tirada a ferros" em Arouca (1-0), somou pela primeira vez os três pontos num jogo oficial em 2014/15.

NOTA: Nem todos os dados apresentados são oficiais
Se há palavra que melhor descreve a presente temporada da Académica é "irregularidade". O futebol praticado está longe de ser convincente - até agora ainda não houve um jogo em que a Académica se tenha exibido a um nível aceitável durante cerca de 90 minutos - e os pontos perdidos, sobretudo em casa, poderão vir a adquirir maior relevância num futuro próximo. Nos jogos frente a Vit. Setúbal, Boavista, Estoril e Moreirense, em que a equipa tinha obrigação de fazer muito melhor, foram conquistados 3 pontos em 12 possíveis. À excepção da equipa da Amoreira, que apenas parece estar a atravessar uma fase menos boa - daí ter sido enumerada -, os restantes são, pelos recursos à sua disposição, candidatos a vigorar na parte inferior da tabela. As pessoas podem-se queixar de alguma falta de sorte (não deixa de ser verdade, sobretudo diante do Vit. Setúbal) mas a estatística mostra que a Académica tem vindo a cair de rendimento nas últimas jornadas, se bem que o jogo com o Moreirense, em que a equipa ficou em branco pela primeira vez em casa, tenha constituído uma ligeira excepção.

Mas nem tudo pode ser visto pelo lado negativo. Fernando Alexandre, que foi um dos destaques da temporada transacta, está de volta às opções à disposição de Paulo Sérgio e poderá ser crucial nas muitas jornadas que ainda faltam disputar. Durante a sua ausência foi Obiora a assumir o estatuto de médio mais defensivo e o nigeriano parece ter pegado de estaca no onze inicial. Joga simples, sabe-se posicionar bem para interceptar os ataques contrários e mostra ser um jogador inteligente na forma como lê o jogo. É a surpresa mais agradável até ao momento e o jogador em melhor forma na Académica. Falando em caras novas, também Ricardo Nascimento, Rui Pedro e Schumacher têm mostrado que são jogadores a ter em conta neste plantel. O defesa, único do seu sector a alinhar nas sete partidas, tem sido o mais regular e assumiu desde logo um papel preponderante devido à lesão de João Real, logo à 2.ª jornada; o médio, cuja qualidade não era de todo desconhecida, apresenta uma técnica muito apurada e é o melhor marcador da equipa (2 golos), porém, ainda não "explodiu"; o possante avançado junta técnica e inteligência à sua envergadura física e inclusivamente já conquistou a titularidade - e é o líder de assistências (2) da equipa.
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