Enzo Pérez: ala direita ou zona central?

Enzo Pérez tem sido aposta de Jorge Jesus para a posição de extremo direito em virtude da lesão de Salvio frente ao Sporting, em Alvalade. Depois de uma excelente exibição frente ao Paços de Ferreira, o rendimento do médio argentino começou a tornar-se mais modesto, ainda que tenha sido um dos poucos jogadores do Benfica a manter a regularidade face às recentes exibições encarnadas. Resultados desde a derivação de Enzo para a sua anterior posição de raiz (era onde jogava enquanto actuava na América do Sul): três vitórias consecutivas, um empate e uma derrota.

Face às soluções que o plantel benfiquista possui, faz sentido que Enzo continue a actuar na ala direita? A resposta é simples: não. Um dos maiores problemas do Benfica neste momento é a estabilidade no meio-campo. A dupla Matic-Fejsa oferece maiores garantias a nível defensivo, mas ofensivamente as soluções são bem diferentes - Fejsa é bom a desconstruir jogo mas não tem a capacidade de o armar (algo que Matic fazia com naturalidade na posição 6); este último ainda não se adaptou bem às novas funções que desempenha, resultando numa quebra de forma bem considerável nas últimas partidas. Enzo, durante a época passada, era um médio que enchia o campo na posição central que ocupava e era injustamente relegado para segundo plano face às brilhantes exibições de Matic. O Benfica ganhava no processo de construção de jogo, de pressão e tinha em Matic e Enzo uma das melhores duplas a alinhar na Europa. O Benfica jogava melhor e os resultados apareciam naturalmente. A formação lisboeta não perdeu nenhuma das suas pérolas (tirando a lesão de Salvio) este ano. Gaitán, Ola John e Sulejmani são jogadores que oferecem garantias de preencherem as alas do ataque de forma competente. Está na altura do treinador voltar a adoptar a estratégia que quase resultou em pleno no ano transacto.

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