Jardel rouba a vitória ao Sporting no último minuto

Sporting 1-1 Benfica
(Jefferson 87'; Jardel 90'+4')


O Benfica foi a equipa mais feliz do derby, depois de conseguir um empate já após os 90' no último remate enquadrado com a baliza em todo o encontro. A partida começou com uma intensidade impressionante, com um Sporting a tentar desmobilizar o adversário das suas posições (João Mário ocupou o espaço de Montero por inúmeras vezes) e a explorar a velocidade e desmarcações dos seus jogadores através de passes de ruptura e um Benfica a fechar espaços e a apostar na qualidade técnica dos homens da frente. Numa primeira parte muita táctica e sem grandes oportunidades de golo, um pouco à semelhança daquilo que foi o jogo na sua totalidade, o empate aceitava-se ao intervalo - o Benfica entrou ligeiramente melhor e o Sporting acabou por se superiorizar nos últimos minutos. A segunda metade começou com um Sporting mais intenso e a conseguir criar algumas situações de perigo. A partir do momento em que André Almeida viu cartão amarelo e Ola John saiu de campo, o Benfica perdeu o controlo do jogo (defensivamente) e ia valendo Artur (três intervenções de grande qualidade), que nada pôde fazer no golo do Sporting aos 87'. A correr atrás do prejuízo, o Benfica acabou por sorrir no fim, logrando um empate no último lance da partida.

Sporting: O Sporting sabia que teria de vencer o jogo para alimentar a esperança pelo título (o empate ainda não o arreda dessa corrida) mas agora vai depender muito dos outros (ainda vai jogar ao Dragão e sabe que o Benfica vai receber o FC Porto no seu estádio). O Benfica soube defender bem durante dois terços do encontro, mas face ao que aconteceu sobretudo na segunda parte o Sporting merecia mais que um ponto. Individualmente, a defesa esteve muito bem (o Benfica mal conseguiu criar lances de perigo e quando rematava era de fora da área), com Jefferson e Cédric a anularem por completo os seus opositores directos e a dupla jovem de centrais a evidenciar muita segurança, João Mário fez um jogo incansável, William encheu o meio-campo defensivo (abafou o ataque dos encarnados) e Adrien foi aquele que esteve em menor evidência na zona central, Nani foi bem anulado e não beneficiou da estratégia de Marco Silva (não teve muitas oportunidades de iniciar lances de "um contra um"), Carrillo foi uma ameaça constante para Eliseu e Montero não conseguiu ser eficaz na frente (mérito para o Benfica).

Benfica: Entrou bem, foi perdendo esse ímpeto e alcançou um empate importante de forma fortuita, valendo-se da sua eficácia (repetiu o feito da vitória no Dragão nesse capítulo). Entrou com uma mentalidade muito cautelosa e apenas explorou as transições, ainda que sem efeito, quando o Sporting estava por cima. Artur demonstrou muita segurança na baliza quando foi chamado a intervir, Luisão e Jardel cumpriram mais uma vez (Jardel tem elevado o seu estatuto ao longo da época e hoje foi o herói da partida), Maxi controlou Nani mas Eliseu teve mais dificuldades com o sobrepovoamento na sua ala (notava-se que o Sporting atacava mais e com mais do lado direito), no meio-campo Samaris e André Almeida quebraram com o desenrolar do jogo (não aguentaram a intensidade inicial e o grego ficou ligado ao golo sportinguista) após uma primeira parte bastante positiva, Salvio e Ola John pouco acrescentaram e Jonas foi muito mais influente que Lima, hoje muito desinspirado.
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