EUA: A selecção com uma palavra a dizer

Grupo G: PORTUGAL, Alemanha, Gana e EUA

Depois de analisar os favoritos à conquista do título mundial no Brasil, é chegada a hora de centrar atenções naqueles que serão os adversários de Portugal no grupo G. Os EUA partem para esta fase final da competição com o estatuto de underdogs. Contudo, todo o cuidado é pouco face a uma selecção que nos surpreendeu no Mundial'2002 (curiosamente, o Gana, outro adversário do grupo, tem sido o carrasco destes EUA).
Salta logo à vista a ausência do experiente Landon Donovan, líder de jogos e golos na história da selecção norte-americana em Mundiais. Ainda assim, não se deve menosprezar esta selecção, que tem em Michael Bradley e Dempsey as componentes táctica e técnica num expoente bastante elevado. Na frente Altidore é um atleta possante e com boa técnica e há que ter em conta as opções que o técnico alemão Jürgen Klinsmann possui no banco (Wondolowski e Johannsson são igualmente perigosos). O problema destes EUA está mesmo no sector defensivo: Tim Howard é um excelente guarda-redes mas, à excepção de Besley (época positiva na MLS) ou Fabian Johnson (melhor a atacar que a defender), não existe nenhum elemento acima da média.

Relatório de olheiro: O principal jogador a ter em atenção é Michael Bradley, o cérebro desta selecção, capaz de estar presente em qualquer parte do campo seja a atacar ou a defender e com uma precisão de passe e inteligência acima da média. O esquema táctico preferencial é o 4x3x2x1 (pode variar para 4x4x2 em função da mobilidade de Dempsey). Beckerman e Jones (destacam-se quase exclusivamente pelo trabalho defensivo) constituem a linha mais recuada - Bradley, relembre-se, está por todo o lado -, Bedoya (ou Zusi) ocupa o flanco direito mas auxilia bem defensivamente e Altidore e Dempsey (deverá descair para o flanco esquerdo) são os jogadores mais avançados. A atacar é uma selecção bem organizada (bons pormenores também a contra-atacar) mas a defender é muito débil (quando apanhada em contrapé torna-se num alvo demasiado vulnerável).

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